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Rejeição – O que nossos pais nos ensinaram sobre isso?

Constelação Familiar Energética

Terapeuta - Maria Inês Grimaldi


Esta é uma palavra que assombra nossa vida... hora ou outra nos sentimos rejeitados, em outro momento, somos nós quem rejeitamos. Mas o que isso significa? Como ensinar sobre isso à nossas crianças?

Para poder entender porque agimos dessa forma, preciso explicar os tipos de pais que existem e como cada um deles nos ensinam a lidar com nossas emoções.

Há tipos básicos de pais. Neste caso, me refiro a pais e mães, ou a quem esteja no papel de educador desta criança.

John Gottman, da Universidade de Viscounsin, no livro “A educação emocional de nossos filhos”, classifica os pais em 4 tipos:

O primeiro tipo é o Simplista: Estes minimizam a cena e o foco do problema e tiram a emoção do filho. Como exemplo, vamos citar um pai que está na sala vendo TV e a criança está brincando no tapete com seus brinquedos preferidos. Em algum momento e por algum motivo, este brinquedo quebra ou deixa de funcionar e a criança começa a chorar. A reação de um pai simplista, será a de minimizar o problema dizendo: “Não foi nada”, “Compramos outro pra você”, “Deixe esse brinquedo ai e venha ver um desenho na TV”. Com frases nesta linha, ele (o pai) tira o foco do problema do filho, minimizando sua dor e perde a oportunidade de ensinar o filho a lidar com as frustrações da vida.

Consequências: Uma das principais e mais uma das mais comuns conseqüências deste tipo de atitude, é a criança sempre se sentir inadequada ao expressar suas emoções e também sem recursos psicológicos para enfrentar os problemas impostos pela vida. Na fase adulta, um exemplo corriqueiro: Uma mulher tem um problema, não sabe/consegue resolvê-lo e decide ir às compras (tira a atenção do foco). Outra conseqüência é a dificuldade de aceitar a dor em conflitos familiares. Exemplo: passou por 6 casamentos e todos terminaram da mesma forma.


Portanto, é um processo de exclusão de si e dos outros.

O segundo tipo são os Pais Desaprovadores: Utilizando o mesmo exemplo do pai que assiste a TV e a criança chora por ter um problema com o brinquedo. O pai logo diz “Pára de chorar”; “homem não chora”. Este tipo de pai vangloriam as ações e castram o mundo emocional, fazendo a criança acreditar que chorar é coisa de gente fraca.

Consequencias: Ao enfrentar problemas, esta criança se sentirá com angustia, impotente, castrado, com raiva, menosprezado em conseqüência de ser inadequado, pois as emoções são inadequadas. Adultos nesta condição, tendem a viver na dor e no sofrimento emocional.

O terceiro tipo são os Pais Permissivos ou Laissez-Faire (deixa acontecer): O pai dá um pouco de atenção mas não sabe o que fazer. A pessoa fala, expressa suas emoções, conversa com as amigas, mas não sabe como resolver seus problemas e não sabe o que se pode fazer para executar as mudanças necessárias. Às vezes, sequer sabe que existe solução. Apenas sabe falar a respeito do problema. Nada mais. Ex prático: Pessoas que culpam os outros, pois se negam a enxergar os próprios problemas.

E por último, os Pais Educadores: Este tipo de pai pára tudo, se senta ao lado do filho (dá atenção emocional ao filho, respeitando o mundo interno desta criança). O pai explica para o filho suas emoções, o que ele está sentindo por exemplo: raiva, tristeza (dá nome aos sentimentos e explica que isso pode acontecer a todos). Quando esta criança cresce, passa a entender e nomear os sentimentos e saber realmente o que está sentindo. Por exemplo: Ao se separar do(a) namorado(a), conseguirá entender o sentimento de angustia e mal estar por não ter conseguido ficar com a pessoa.

O pai deve dar a oportunidade para o filho buscar a solução após explicar as emoções ao filho. “Qual solução você (filho) pode ter para este seu brinquedo quebrado?”

Conseqüências: Este tipo de pai ensina ao filho que a solução está dentro dele e que ele é capaz. Dá ao filho a oportunidade de sentir que tem como aprender com o fato e também como resolver problemas. Ensinamentos com expressão corporal e com inteligência emocional.

E voltando ao tema de nossa matéria, Rejeição, podemos agora entender o porque uma criança (ou adulto) se sente rejeitado e inadequado. Ele rejeita e automaticamente é rejeitado. Passa com este comportamento a se isolar cada vez mais, trazendo conseqüências emocionais profundas e dolorosas. Seu corpo poderá reverberar estas emoções de exclusão, permitindo algumas doenças se manifestar como depressão e esquizofrenia. Claro que estas doenças não são únicas e exclusivas de um quadro de rejeição, mas em toda rejeição, há uma doença psicológica manifestada.


Espaço Terapêutico Consciência Criativa

Terapeuta: Maria Inês Grimaldi

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