Origem da Psicologia Positiva e dos estudos a respeito da felicidade
Muitas pessoas estão começando a ouvir falar sobre a Psicologia Positiva, seus conceitos e o modo como ela está mudando a vida de muitos para melhor a partir de seus ensinamentos e práticas. Ela parte de princípios da psicologia porém com um foco diferente.
Ao longo de sua história é possível observar claramente que o principal foco da psicologia, e de todos tipos de estudos relacionados à mente humana, foi o combate às mazelas e doenças mentais. Em sua maioria, as investigações foram realizadas acerca dos fatores que causavam os prejuízos à saúde mental.
Assim, enquanto ciência, a psicologia tem dado grande contribuição para a humanidade, porém também tem demonstrado suas limitações. Afinal, ausência de problemas mentais não equivale a uma vida plena e cheia de bem-estar.
Levando isso em conta, o psicólogo americano Martin Seligman tentou buscar algo além. Ele acredita que levar as pessoas a um ponto neutro, ou seja, de ausência de doenças mentais era insuficiente e que a psicologia poderia contribuir muito mais.
O foco da psicologia positiva
A partir daí ele criou a psicologia positiva. Essa nova linha de trabalho da psicologia trás um novo olhar a respeito das relações humanas, da condição do ser humano e também da felicidade.
Ela se propõe a lidar com um aspecto diferente da mente humana. O foco são as coisas positivas da vida. Assim, ela busca responder perguntas como:
Como contribuir para a melhoria do bem-estar das pessoas?
Quais são as coisas boas a respeito da vida que promovem mais nível de plenitude?
Qual o papel das emoções positivas no bem-estar de alguém?
Essas perguntas tem sido abordadas de uma diversidade gigantesca de práticas e tem ganhado cada vez mais importância e gerado a popularização de literatura de autoajuda, filosofia e religião. Afinal, a principal busca humana é a busca pela felicidade. Mas, se na internet e nas livrarias, milhares de “gurus” apresentam fórmulas, técnicas e remédios diferentes para a miséria humana, como podemos descobrir quais remédios dão certo?
Precisamos consultar um maior de todos os gurus, o método científico.
O que é a Psicologia Positiva? O que é a ciência da felicidade?
A busca por respostas filosóficas sobre a felicidade começou na China, Índia e Grécia cerca de 2.500 anos atrás com Confúcio, Buda, Sócrates e Aristóteles, e podemos encontrar semelhanças notáveis entre as percepções desses pensadores e a da ciência atual.
Dentro de uma abordagem científica moderna, a “ciência da felicidade” tem se focado no tema e esses estudos sobre a felicidade surgiram com mais força nas últimas décadas do século XX. O aumento dramático em estudos científicos sobre a psicologia positiva também agregam muito aos estudos relacionados à ciência da felicidade.
Uma autora importante no campo é a psicóloga a Carol Ryff. Que criou um dos primeiros modelos sistemáticos de “bem-estar psicológico” e esse continua sendo um dos mais robustos até hoje.
Felizmente, muitos destes estudos, tanto da ciência da felicidade quanto da psicologia positiva, apontam para formas específicas de pensar e agir que podem impactar fortemente nosso senso de felicidade e paz de espírito. As descobertas resultantes estão enriquecendo as práticas de aconselhamento, psicologia clínica, psiquiatria e coaching na vida.
Assim, a psicologia positiva é um dos movimentos relativamente mais recentes da ciência da psicologia que faz com que os seus seguidores – os profissionais que aplicam as técnicas e métodos da psicologia positiva – implementem sistemas nas suas próprias vidas e na vida de seus pacientes que proporcionam melhorias significativas em seus níveis de bem-estar.
Um dos fatores que diferencia a abordagem atual da psicologia positiva em relação às outras medidas que haviam sido tomadas na área anteriormente para tratar do ‘lado positivo da vida’ é que a sua abordagem é sistematicamente centrada no potencial do ser humano.
“A psicologia positiva lida de forma específica com as potencialidades dos seres humanos, quais são suas forças, suas capacidades, e o que há de benéfico em sua própria existência que pode ser utilizado para que sua vida seja significativamente melhor”.