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Sobre a Expansão da Consciência


No Egito as bibliotecas eram chamadas Tesouro dos remédios da alma. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras.” (Jacques Bossuet).

Ao longo da história, estudos espirituais, têm se apropriado dos assuntos relacionados à elevação da consciência, alcançados mediante o desenvolvimento das capacidades latentes do homem. Notadamente no Oriente antigo, estudantes e iniciados espirituais sempre buscaram tal condição de elevação consciencial.

Tais estudos, vêm denominando esse ápice consciencial como o estado de iluminação espiritual, no qual o Ser se sente ligado ao Todo numa espécie de unidade cósmica; se sente uno com o próprio universo e todos os seres; tornando-se multidimensional; ou seja, sabe que ele e todos são um só dentro da mente cósmica e reconhece-se como centelha viva e imortal imersa na luz imanente do Supremo que está em tudo.

No início do século 20, o médico anglo-canadense Richard Maurice Bucke publicou um volumoso livro contendo relatos históricos e experiências psíquicas de pessoas que haviam experimentado esse estado de iluminação, chamando-a de estado de “Consciência Cósmica” que é o título de seu livro.

Como descrever em palavras o que é essa expansão de consciência?

Seria um toque do Infinito no Ser?

Seria a descoberta de uma centelha viva e divina dentro de nós?

Expandir a consciência é um movimento autônomo e individual do ser humano para além da mente racional. Desde pequenos recebemos uma imensidão de conceitos, que foram praticamente implantados em nós e se tornaram padrões determinantes de ação e reação ao longo de nossa vida.

Expandir a consciência significa estar aberto para algo maior, a fim de encontrar a verdade de quem somos.

Quando falamos de expansão da consciência, estamos falando da nossa percepção de senso de realidade. Permita-me explicar com uma ilustração “tecnológica”.

Vamos imaginar nosso aparelho celular em modo of-line. A partir do momento que ligamos o modo wi-fi, captamos um sinal, e de repente tudo funciona, no entanto, não conseguimos ver essa energia e visualizar o que realmente aconteceu nesse processo.

Analogicamente, a expansão da consciência inicia quando habilitamos esse sinal internamente e ativamos um canal de conexão com o mais profundo interior e com o Universo como um todo.

Uma das formas mais sublimes e antigas de ativar essa conexão é a oração e a meditação. Trata-se de acessarmos um alto poder vibratório, ou um momento em que acalmamos a nossa mente, de uma forma muito simples, que não requer dogmas, doutrinas religiosas institucionalizadas e nenhum tipo de local específico. A oração e a meditação são as alavancas para os caminhos do despertar.

As obras de Carlos Castañeda são fundamentais para quem deseja se aprofundar nessa jornada de expansão.

Expandir consciência significa sair da zona de conforto. Ir além. Ver, inclusive, o que não gostamos ou não queremos ver ou saber sobre nós mesmos e sobre as verdades do Universo.

É sair da ignorância, da mesmice, do automático, da Matrix, libertando-se de nossas crenças limitantes, de dogmas e dos medos que nos impedem de explorar potenciais.

É ter consciência da própria condição de fazer parte deste planeta e não simplesmente ser um indivíduo do bairro tal, da cidade tal, do time de futebol tal, do partido político tal, etc.

Expandir a Consciência é saber que estamos todos conectados, somos parte de uma mesma raça, a humana.

É ter consciência de que tudo o que acontece no mundo nos afeta e afeta o ecossistema como um todo.

Ter consciência é ter percepção de nós mesmos, dos nossos sentimentos mais profundos, da nossa origem e da nossa missão e ainda assim, obter a percepção da realidade à nossa volta e saber que tudo o que existe no mundo nos afeta diretamente. O caminho para isto é o autoconhecimento.

Então, quando aumentamos a nossa consciência, aumentamos nosso horizonte, em consequência disso, melhoramos como humanos, melhoramos nossos relacionamentos nas coisas mais simples do nosso dia-dia.

Precisamos dessa expansão agora. Viver o presente como uma dádiva! E finalmente, num estado expandido de consciência, despertamos para outras realidades e dimensões, para o sagrado e para a certeza de Deepak Chopra: “Eu não estou no mundo, o mundo está em mim”.

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