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Emoções Positivas

Por muito tempo a psicologia tradicional esteve focada em tratar as doenças da mente e os estados de desordem que afligiam as ideias e emoções do ser humano. Ansiedades, neuroses, psicoses, histeria, depressão e traumas figuraram entre os principais acometimentos na lista das doenças tratadas. Tais distúrbios representavam muita dor e sofrimentos aos pacientes.

Contudo, muitos especialistas da área começaram a defender a necessidade de se observar não apenas o lado obscuro da mente, como também os aspectos positivos das emoções e dos comportamentos. Estes psicólogos começaram a defender a tese de que ao acessar aspectos positivos da psique, poderiam ajudar as pessoas em seu tratamento ou mesmo no processo de cura de sua doença. Ali estavam nascendo também ideias importantes que no futuro dariam origem e maior sustentação à Psicologia Positiva.

 

OS DESAFIOS DA PSICOLOGIA POSITIVA

De acordo com Martin Seligman (2002), o Pai da Psicologia Positiva até a 2ª Guerra Mundial, a psicologia se baseava em três preceitos centrais:

- tornar a vida das pessoas mais realizada,

- identificar nelas seus talentos e

- curar as doenças da mente.

 

Contudo, com o fim do conflito, seu foco se distanciou drasticamente deste caminho e mudou completamente para o tratamento, quase que exclusivo, das doenças mentais, deixando de lado os aspectos positivos da consciência humana. Nos anos seguintes à batalha, tanto nos Estados Unidos como na Europa, o foco da psicologia se tornou o tratamento psicológico dos acontecimentos traumáticos decorrentes da experiência da guerra. Nesta época, era difícil falar numa abordagem positiva quando milhões de pessoas tinham perdido suas vidas, casas ou famílias nos confrontos e ataques militares.

 

Tratar as doenças mentais passou a ser o objetivo central, o que de forma prática, ajudou milhares de indivíduos a lidarem melhor com seus traumas e a terem, na medida do possível, maior qualidade de vida nos anos seguintes.

Como nada é em vão, neste período também foram desenvolvidos importantes estudos e tratamentos psicológicos que ajudaram a identificar novos tipos de transtornos e criar novas formas de intervenções e terapias, utilizadas até os dias atuais. E ainda que nesta época não houvesse muito espaço para a Psicologia Positiva, como tudo acontece no seu devido tempo, foram também estas pesquisas que permitiram, mais tarde, a criação da ciência da felicidade.

Vale ressaltar que neste mesmo período, Abraham Maslow (1954) e Carl Rogers (1959), defensores da “Psicologia Humanista” tentaram dar os primeiros passos para uma mudança de perspectiva. Eles defendiam uma nova visão da psicologia, que trabalhasse o ser humano sob um viés diferente, levando em conta os aspectos positivos da sua mente e comportamentos.

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